quinta-feira, 30 de agosto de 2012

OS NOMES


Povoação dos Campos do Itanhi dos Índios
Paraíso
Capela de Nossa Senhora dos Campos do Rio Traripe
Freguesia  Santa Maria dos Campos do Rio Real  do Sertão de Cima
Freguesia de Campos do Rio Real de Cima
Fazenda Nossa senhora dos Campos
Passagem da Igreja de Nossa Senhora do Sertão dos Campos do Rio Real de cima
Freguesia de nossa Senhora dos Campos  do Rio Real de Cima
Freguesia de nossa Senhora dos Campos  do Sertão do Rio Real
Freguesia de nossa Senhora dos Campos 
Capela do desterra do Rio Real
Campos do Itanhy dos Índios
Campos do rio Traripe
Campos do Rio Real de Cima ou Campos do Rio Real, Passagem da Igreja
Vila de Campos
Campos
Tobias Barreto

FINALMENTE TOBIAS


                                          
Finalmente em 31 de dezembro de 1943 o município de Campos passou a denominar-se Tobias Barreto em homenagem ao seu filho ilustre, pelo decreto lei estadual, nº 377. Este foi o décimo sétimo e último nome dado ao município, que teve em toda a sua evolução histórica nomes fictícios e reais, ou seja, decretados por leis.

A HOMENAGEM


                            
Dom Pedro não respondeu aos anseios dos moradores e estes ansiosos por ver o nome do povoado mudar apelaram para a Imperatriz. Após a morte de D. Leopoldina os moradores resolveram homenageá-la acrescentando o titulo de Imperatriz a nossa senhora em 1826. E finalmente em 17 de Janeiro de 1835 a freguesia é elevada a categoria de vila, passando a chamar-se Vila de Campos.

Em 1855 a cólera-morbus assola a vila de campos matando milhares de pessoas. Alguns moradores fogem para a zona rural. Na cidade as escolas fecham, o comercio entra em crise. Essa situação se prolonga até Janeiro de 1856. 

Em 1909 a vila de Campos é elevada a categoria de cidade pela Lei 550, de 23 de outubro de 1909 e em 1915 foi criada a Comarca de Campos do Rio Real, sendo composta por Campos e Riachão do Dantas.

A COROAÇÃO


                            
A coroação de Nossa Senhora Imperatriz foi no dia dezoito de dezembro de mil novecentos e vinte e um e tinha como Bispo Dom José Thomaz Gomes da Silva e o líder religioso local era o Cônego Emílio de Moura. Segundo a tradição quando a imagem completasse duzentos anos em uma paróquia, freguesia ou povoado ela seria coroada de prata, com trezentos anos receberia a coroa de ouro. 

Não se sabe a data da fabricação da imagem e o nome do artista.
Em 2 de julho de 1757, o padre André de Freitas Paiva, terceiro vigário da freguesia, conta que na Freguesia de Nossa Senhora dos Campos do Sertão do Rio Real, não há rios navegáveis, possuía 125 sítios e a população era de 1.350 habitantes.
O quarto padre da freguesia foi o Pe Paulo de Sá Sarmento de Macedo e o quinto foi o Padre José Pinheiro Quequião.

Em 1808 o Bispo Dom Marcos Antonio de Souza faz uma visita a região e relata sobre a freguesia e seus habitantes. Ele descreve a população contando de 2.618 moradores sendo “1.000 brancos, 500 pretos e os demais de raças combinadas”; descreve a criação de gado, cavalos e ovelhas e que nas feiras eram vendidos 2.000 animais entre gado, cavalos e ovelhas. Em 1816 Dom Marcos é indicado a vigário na Freguesia de Nossa Senhora dos Campos.
Padre Francisco Xavier de Góis, natural de Itabaianinha, atuante no Social, na Política e no Religioso criou condições para que a freguesia torna-se vila. A população procurando encurtar o nome da freguesia chamavam o povoado por três nomes: Campos do Rio Real, Passagem da Igreja e Os Campos.

Em 1824 foi encaminhada uma solicitação ao Governo Imperial a elevação da Freguesia ao título de Vila, mas ela não foi aceita. Com os movimentos da Independência, através do Capitão-Mor Luiz de Melo de Faria e Oliveira e o Capitão-Mor de Itapicuru, João Dantas dos Reis Portátil, apoiavam a posse do Príncipe Dom Pedro I.

Na praça principal do povoado reuniram-se 2.000 homens em frente a casa de Luiz de Melo para agilizar a mudança de status da freguesia. O Vigário Amaral, amigo do padre Antônio do Rosário, Vigário de Itapicuru e dos franciscanos Frei Antonio dos Anjos e Frei Francisco de Sales redigiram os protestos dos paroquianos com suas respectivas assinaturas.

IGREJA NOSSA SENHORA IMPERATRIZ DOS CAMPOS



                                               

    Após alguns dias a imagem some novamente e novas buscas são organizadas. A imagem é encontrada no mesmo lugar da primeira vez, ou seja, no matagal. Belchior Dias Moréia manda derrubar a mata e ordena a construção da nova capela, onde hoje está a Igreja de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos. Com o tempo o povoado foi crescendo e recebeu um nome novo, passou a chamar-se Capela de Nossa Senhora dos Campos do Rio Traripe (antigo nome do Rio Real). Após muitos anos o rio Traripe passou a chamar-se Rio Real porque há muitos anos a Armada Real descansava às suas margens. Antes ainda de receber esses dois nomes os índios o chamava de rio Itanhi. Desse modo antes da povoação receber o nome de Paraíso chamava-se Povoação dos Campos do Itanhi dos índios. Esse é o primeiro nome que consta na história dessa povoação. Sua fundação acontece entre 1599 e 1622.
    Entre 1640 e 1670 a imagem da santa desaparece mais uma vez da nova Capela e não é mais encontrada pelos moradores. Não se sabe se foram os jesuítas que a levaram para Portugal, ou se foram os índios, ou ainda os camponeses; podendo ser também os tropeiros ou os viajantes que a teriam levado para vendê-la em outro povoado distante.
   A povoação começou a desenvolver-se e recebeu o nome de Freguesia Santa Maria dos Campos do Rio Real de Cima. Até então a imagem da santa ainda não havia sido encontrada. O nome freguesia somente passou a ser vinculado por volta de 1718, por conta do Arcebispo da Bahia, Dom Sebastião Monteiro da Vide. Segundo Pedro Calmon “os núcleos mais antigos foram a Bahia, a Torre de Garcia D`Ávila e Campos do Rio Real” demonstrando assim que Campos foi no Brasil Colônia uma das primeiras povoações.
    Tempos depois a capela do povoado já possuía algumas imagens sacras de madeira e no centro uma imagem de nossa senhora. As imagens eram poucas e os jesuítas traziam de Portugal ou as esculpiam, já que eles eram ótimos escultores e restauradores.
    O primeiro evangelizador filho de Campos foi o Frei Ângelo dos Reis de formação jesuítica. O segundo foi o padre Joaquim Antão Vieira Dantas. Ele fundou uma fazenda cujo nome era o de Nossa Senhora dos Campos. Esse foi o quinto nome dado ao povoado.
    Em 1700 o povoado já era conhecido como Passagem da Igreja de Nossa Senhora do Sertão dos Campos do Rio Real de Cima. Esse foi o sexto nome da povoação.
   Em 20 de outubro de 1718 foi criada a Freguesia de Nossa Senhora dos Campos do Rio Real. De Cima, feito atribuído a Dom Sebastião Monteiro de Vide sendo ela desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade (Lagarto); sua extensão era de 20 léguas de nascente ao poente e três de norte a sul. Foi Dom Sebastião quem mandou fazer a imagem de Nossa Senhora Imperatriz. Ela foi feita em Portugal e somente chegou ao seu destino depois de três anos, um mês e vinte e oito dias após a fundação da freguesia. A data precisa de sua Chegada foi no dia 18 de dezembro de 1721.